A inspiração...

9.000 rosas. . . Foi esse o número de flores que enfeitou a festa do meu casamento. . . Foram muitas, muitas rosas! E parecia um sonho ver tantas dessa flor, que é a minha preferida, enfeitando todos os lugares e perfumando cada pedaço de um dia planejado nos mínimos detalhes para ser o mais feliz, o ponto de partida para uma fase da vida que também precisa ser enfeitada constantemente, com gestos, palavras e sentimentos cheios de flor. . . Isso é fácil? "Sim", "não" ou "nem sempre", cada um tem sua resposta. . . Quanto a mim, a resposta é: enfeitar a vida nos dias em que vivemos, seja em que estágio for, é andar na contramão do mundo, que insiste em interferir na tarefa e corromper tudo o que nasceu para ser belo e impoluto. . . Diante disso, minha estratégia tem sido a de tentar aprender qual o segredo de seguir enfeitando, com a ajuda de Deus, o Jardineiro maior, a minha vida e a daqueles a quem eu amo. . . Seja bem-vindo ao meu jardim!

sábado, 9 de julho de 2011

Cuide bem das bolinhas de golf...

Nessa semana que passou, recebi um e-mail da minha amiga Thaís que continha o relato de uma interessante ilustração dada por um professor de filosofia à sua classe de alunos... Munido de um pote de vidro, um punhado de bolas de golf, uns pedergulhos, um pouco de areia e uma xícara de café, ele começa pedindo que um de seus alunos coloque as bolinhas no vidro. Aí, ele observa, "o vidro parece cheio, não?"

Quando os alunos respondem "sim", ele pede que outro aluno coloque os pedergulhos dentro do mesmo vidro, os quais, pouco a pouco, vão ocupando os espaços vazios entre as bolinhas. "O vidro está cheio agora?"... Antes mesmo de ouvir a resposta, ele despeja a areia dentro do vidro e todos observam como os minúsculos grãos, lentamente, vão preenchendo o espaço vazio entre as bolinhas e os pedregulhos... E para mostrar que o vidro ainda não estava cheio, o professor, por fim, despeja o conteúdo da xícara de café, o qual ocupa, sem esforço algum, seu espaço entre as bolinhas, o pedregulho e a areia...

Então, o porfessor conclui a ilustração dizendo que aquele frasco vazio representava a vida e as bolinhas de golf, representavam tudo o que há de mais importante, ou seja, tudo o que você ama de verdade... Disse ainda que o resto, ou seja, os pedergulhos, a areia e o café, eram as demais coisas a que damos valor, cada qual com seu grau de tamnho e importância... E a conclusão que o professor faz é a de que dependendo da ordem com que elas são colocadas dentro do vidro, umas acabam por excluir as outras, ou seja, se o enchermos primeiro de areia ou de pedregulhos, dificilmente haverá lugar para as bolinhas de golf... Tudo, portanto, é uma questão de quem ou o quê vem primeiro dentro do pote da vida, para que ele possa ou não ser completo...

Anthony Brandt, um dos editores da revista National Geographic, disse: "Outras coisas podem nos mudar, mas a família é o começo e o fim"... Isso me faz pensar que nada poderia melhor significar as primeiras bolinhas de golf que colocamos no nosso pote do que a nossa família! Sim, porque foi mesmo onde tudo começou... É a partir dela e por causa dela que somos o que somos... 

As diferenças existem e, em alguns casos, como são notórias! Às vezes até questionamos se pertencemos mesmo à uma mesma família! Mas não são as diferenças que contam, e sim, as semelhanças... A semelhança do modo como cada um defende ao outro, como cada um sente falta do outro e, a maior de todas, a semelhança do sentimento que está por trás de personalidades e comportamentos totalmente diferentes, por trás de cada reação típica, de cada abraço forte ou um simples tapinha nas costas, de cada demontração escandalosa de saudade ou lágrima contida, de cada gesto efusivo de felicitação ou de um simples balançar de cabeça, de cada discurso ininterrupto de mágoa ou apenas horas de silêncio inexplicável... 
Por trás de cada diferença tão grande e significativa, há a semelhante presença do mais belo dos sentimentos, que é mais forte do que tudo, mais forte do que a morte: o amor que temos uns pelos outros, demonstrado das mais diferentes maneiras, sentido em todas as suas formas e vivo para sempre...

E isso deve ser razão mais do que suficiente para ocuparmos o espaço do nosso vidro com todas as bolinhas de golf que tivermos, mesmo que uma ou outra insista em ficar meio de fora... Nada deve substituí-las, por mais fácil que seja deixar uma de fora e substiruir o espacinho vazio por um pouco de areia ou pedregulho... Todas devem estar dentro do vidro, bem juntinhas... E para tanto, nada mais é preciso do que lembrar de pedir desculpas, lembrar de dizer "nossa, como eu sinto a sua falta"... Do que lembrar de dizer "eu te amo", de nunca ir dormir ou fazer uma viagem estando magoado ou emburrado, de sempre olhar através de uma atitude estranha ou até mesmo egoísta e enxergar o amor que com certeza existe...

Nada traz mais felicidade ao coração do que folhear um álbum de família e ver ali todas as nossas bolinhas, e poder dividir a lembrança de um bom momento, ou mesmo a saudade dos que já se foram, com os que ainda estão do nosso lado... Ellen G. White, uma escritora adventista, escreveu num dos seus livros ("A Ciência do Bom Viver") que "o vínculo da família é o mais íntimo, o mais terno e sagrado de todos na Terra. Foi designado a ser uma bênção à humanidade"...
Que nós nunca nos cansemos da tarefa de enfeitar a vida da nossa família e que lembremos sempre que o amor e só o amor, deve ser a medida de todas as coisas...

Uma boa semana a todos =D!


quinta-feira, 7 de julho de 2011

Espere pelas joaninhas...

Numa das cenas de um dos meus  filmes preferidos, uma mulher, vendo a amiga perturbada, desesperançosa quanto ao seu futuro e triste por ter perdido um amor, tenta ajudar-lhe com as seguintes palavras: "querida, quando eu era criança, eu perdia horas procurando joaninhas no campo. Até que um dia, eu me cansei e acabei adormecendo na grama. Quando acordei, me deparei com um monte de joaninhas, andando sobre mim"!

Todo mundo dá o maior valor pra esse negócio de "ir à luta". Vira e mexe, encontramos livros, palestras e todo tipo de motivação no sentido de ir em frente, repletos de frases como "você é o dono do seu destino", "é você quem constrói sua felicidade", "não meça forças para ter o que você quer", "tome PRA você antes que tomem DE você", etc., etc., etc....

Tudo isso é muito válido... Ninguém chega a lugar algum sem esforço... Ninguém constrói algo que realmente tem valor sem trabalho, e coisas como a preguiça e a falta de iniciativa nunca encontram recompensa onde quer que seja...

Mas muito pouco se reflete sobre o valor que existe no ato de esperar... Sim, porque às vezes, nada demanda mais esforço e coragem do que saber esperar, saber ter paciência, saber controlar a ansiedade e não dar espaço para a aflição e a dúvida sem medida... O salmista Davi aconselha, num dos seus salmos mais belos, dizendo: "Confie no senhor e espere pacientemente pela Sua ação." (Salmos 37:7)... Às vezes o maior passo de fé e ficar parado e esperar... Esperar por aquilo de maravilhoso que o poder de Deus faz por aqueles que simplesmente se entregam e decidem abrir mão das próprias estratégias e daquilo que concebem como sendo o melhor para si...

Escolher o que é melhor para o futuro demanda um conhecimento tão onisciente quanto onipotente, coisa que nenhum ser humano detém... O que o homem detém e pode controlar é a sua capacidade de ter fé... E Deus não pede nada além disso para realizar maravilhas inimagináveis em nossa vida...

Quanto a mim, aconteceu que uma das coisas mais precisosas que eu recebi na vida - o meu marido - nada mais foi do que uma bênção concedida quando eu parei de tentar curar a minha solidão por meus próprios métodos e resolvi apenas esperar... Não foi fácil, como nunca é quando decidimos abrir mão do controle... Mas foi uma espera que vai valer a pena por toda minha vida... Porque pode até ser, uma andorinha só não faz verão. Mas um "joaninho" só, faz... E o sol brilha todo dia... =D

Minha oração do hoje: "Senhor, abençoe-me com o discernimento de saber quando eu devo simplesmente esperar pela Tua ação. Amém."

terça-feira, 5 de julho de 2011

Sobre porteiros de prédio e bolos de caixinha...

Disse ο filósofo chinês Lao-Tsu que aqueles que controlam os outros são poderosos, mas ninguém é mais poderoso do que aquele que consegue controlar a si próprio... 
Realmente, nada exige mais poder do que agir da maneira certa quando as condições não são favoráveis, para posicionar-se contra o senso comum, para lembrar que só o que é bom e construtivo deve ser dito ou para não se deixar abater pelo pessimismo e pela derrota... 

Na minha vida, hoje, tenho sentido constantemente a carência de tal poder... E descobri que ter o conhecimento sobre qual é a melhor opção, nem sempre garante que será essa a escolha feita... E o pior é quando descobrimos quanto descontrole ainda existe a partir das situações mais banais, como quando você deixa o seu dia ser literalmente arruinado pela falta de agilidade do porteiro do seu prédio ou quando um simples bolo de caixinha para o marido sai tão errado que parece ter sido fabricado com a intenção de provar que dona de casa horrível você é... 


E a amargura fica tão potencializada que só de falar nela já sinto um nó na garganta... Ai, ai, quanto descontrole... Quanto ainda há para aprender sobre aquilo que realmente vale a pena e aquilo que é pura perda de tempo e de saúde, física e emocional... 
O que eu preciso aprender, de uma vez por todas é que quando Pedro, seguidor e discípulo de Cristo, aconselhou a lançarmos sobre Ele todas as nossas ansiedades, porque Ele cuida de nós o tempo todo (I Pedro 5:7), ele não quis dizer "entregue a Deus só os problemas realmente sérios e cuide você do resto"... Não. Ele garantiu que podemos entregar TODAS as nossas ansiedades. Até as mais bobas... Até o problema que ante tantos outros que temos na vida, parece ser tão minúsculo... Até o dilema do bolo de caixinha (e se o próximo ficar bom, prometo que levo um pedaço pro porteiro =D)! 


A minha oração de hoje: "Senhor, abençoe-me com o poder que vem do Alto para saber agir com sabedoria diante das grandes e das pequenas coisas na minha vida. Amém."